A historiografia do século XX

A experiência com o projeto gráfico do livro A historiografia no século XX, do mexicano Carlos Antonio Aguirre Rocha, repete, sob dois aspectos, situações semelhantes vividas pela Ouro sobre Azul. O primeiro deles reside no fato da casa editora, a EDUSP, ser parceira constante tanto em projetos encomendados ao nosso setor de design gráfico, quanto em coedições, como ocorre também com as Edições SESC.

O segundo aspecto se refere ao partido adotado para a capa do livro. Assim como em situações anteriores, o texto propunha ao designer atalhos que se resolveriam ou a partir de citações iconográficas de eventos ou personagens históricos, ou no rumo de uma solução gráfica abstrata. Prevaleceu a segunda possibilidade, mais uma vez absolutamente arbitrária, que serviu ainda, ao designer, para se exercitar numa via gráfica que lhe é cara. E lembremos como, entre artistas plásticos, as fases rendem variações e variações em torno do mesmo tema, isso quando o tema não ocupa a vida inteira deles. No Brasil um caso representativo dessa economia temática é o de Alfredo Volpi, que abandonou o figurativismo quando descobriu uma unidade de expressão – a bandeirola – que passou a servir de vocábulo único para sua extraordinária linguagem poética. Designers com temperamento marcadamente artístico carregam igual necessidade embora tenham menos chance de exercitá-la.

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