Ninguém paga, ninguém paga

Ninguém paga, ninguém paga, texto para teatro do italiano Dario Fo, traduzida por Maria Antonieta Cerri e Regina Vianna, foi encenado em 1986, no Rio, com direção e cenografia de Celso Nunes e figurinos de Rosa Magalhães. A produção era de Dina Sfat que também atuaria no espetáculo não tivesse sido colhida por uma doença grave, que a levaria embora pouco depois. Infelizmente. Como de hábito os itens da identidade visual foram confiados a mim, que escolhi acentuar a comicidade do texto num quadro em que o ritmo da produção não permitia que os atores fossem fotografados

no cenário já pronto nem com as roupas que iriam caracterizá-los. Então, para resolver o problema, parti para uma maluqueira total com a cumplicidade da fotógrafa Ana Regina Nogueira, que entendeu bem meus objetivos e os devolveu em registros adequados a eles, simultâneos à direção de atores, feita também por mim, num trabalho com cada ator, individualmente. O resultado persiste, fixado no programa da peça, no qual as fotos dialogam, a cada página, sempre com o mesmo apoio gráfico e sempre com as mesmas cores. Isso tudo disposto cada vez de um jeito diferente e acrescido de notícias extraídas de jornais, publicadas naquele momento e alusivas ao mal estar social reinante.

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