Os três primeiros exemplares da obra completa de Mário de Andrade, lançados em 2008 pela editora Agir, foram Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Amar, verbo intransitivo e esse conjunto de crônicas, Os filhos da Candinha.
Em carta a Manuel Bandeira, escrita no dia 24 de maio de 1934, Mário já se referia a elas que, no entanto, foram publicadas apenas em 1942. Em outra carta a Manuel – 20 de abril de 1942 – Mário pede a opinião do amigo acerca da conveniência de oferecer Os filhos da Candinha, ainda inédito, a Álvaro Lins para que integrasse um grupo de edições a cargo do crítico, que esperava receber textos de outro teor.
Curiosa é a observação de Mário, na carta de 1942 a Manuel Bandeira, acerca das crônicas, revelando as prioridades do escritor, naquele momento: “Na minha opinião é o livro mais ‘bem escrito’ que já fiz. Falo como estilo normal, estilo que permite seguimento, sequência – pois o estilo poético-heroico de Macunaíma tinha que ser o que é, mas para esse livro, e o de Belazarte é o estilo falado e não, escrito”.
No que se refere à capa, Os filhos da Candinha segue o princípio gráfico estabelecido pelo projeto para a edição
da obra completa: foto distorcida ocupando a área integral da capa, título e autor mantendo o vínculo ortogonal fixado para eles.